o sangue da minha revolta é vermelho e trágico

digo novamente o que não me canso de repetir desde que, a muito custo, admiti pra mim mesmo que nós nunca daríamos certo: o maior erro que cometi este ano, até o momento, foi ter me permitido gostar de você. e ter me enganado com a possibilidade de você gostar de mim também. até este momento, você foi meu pior erro. e eu espero com muita honestidade que eu nunca mais venha a cometê-lo.

acho que muita coisa já melhorou desde então e que já provei pra mim mesmo que você não faz diferença alguma na minha vida e que eu até seguiria melhor com ela sem você. mas não posso agir como se eu não tivesse expectativas. eu as tenho. eu quase surtei com a possibilidade de você não estar por perto no meu aniversário. e por um bom tempo, você não estará, de fato. é estranho eu me preocupar com isso. me preocupar com o fato de você não estar por perto, quando você nunca esteve perto e quando tudo que você me deu foi sua frieza e sua distância. você sempre nos limitou a esse nada. você aparou minhas arestas para que eu pudesse caber em você. você me aparou, me cortou, me mutilou e eu ando sangrando por aí.

nada faz jorrar mais sangue que a revolta.

eu não consigo entender exatamente o que estou lamentando. a sua ausência quando você nunca foi presente. quando você nunca quis ser presente. mas você também não quer abrir mão de mim. quer apenas manter tudo como está. você tem sorte de eu não conseguir odiar você, pois tenho motivos de sobra para fazê-lo. e tivesse eu controle sobre isso, faria-o.

eu te odiaria pela sua ideia ridícula de tentar nos limitar. eu gostaria de acreditar que você um dia perceberá que foi seu pior erro.

e o meu, ter permitido você entrar.

um dia eu terei força suficiente pra mandar você embora.

eu gostei de você pra caralho. mas você não enxerga isso. e não se importa o suficiente pra perceber.

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