Caríssimo 2014

Caríssimo 2014,

O que dizer de você, que mal conheço e já detesto?

Esta não é uma mensagem de ódio. Na verdade, não te odeio. Apenas odeio a mim mesmo e estou projetando meu ódio em você. Espero que sua consciência esteja mais tranquila agora que sabe que não te odeio.

Espero que sua consciência esteja mais tranquila agora que sabe que não estou depositando fé ou esperança em você. Você não sabia disso, sabe agora. É primeiro de janeiro, já tive que ouvir graça, lidar com antigas frustrações. O ano velho morreu, deixou as minhas feridas abertas. E agora, 2014?

Não venha dizer que foi culpa minha. No ano passado, corri atrás das minhas metas e dos meus sonhos, saí da zona de conforto, fiz o louco, me importei, estudei, me posicionei, fui sincero e nada disso valeu a pena. O ano terminou, lá estava eu me sentindo um babaca, chorando durante a sua chegada, sangrando.

Sei que eu deveria erguer a cabeça. Uau, um ano novo chegou. Uma nova oportunidade de não ser tão babaca. Puxa, como a vida dá chances, posso renovar tudo. Porém, o que aprendi com meus possíveis erros? Eu não entendi o que aconteceu, simplesmente aconteceu. Como evitar que tudo aconteça novamente? Será isso possível, que nenhum ensinamento possa ser tirado de tudo que precisei passar? 

Sofri por sofrer, sofrimento sem significado. Não dizem que devemos dar nosso melhor, ser o nosso melhor? 

Onde foi que eu errei?

Querido 2014, minhas cartas estão na mesa. Pode pôr as suas, mas por favor, tenha a dignidade de no final de tudo, responder a minha pergunta:

Onde diabos foi que eu errei?

Atenciosamente,
de um babaca.

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