Somos jardins
Somos vários jardins. Há jardins espaçosos e tão grandes que a gente se perde neles, ficamos tão acomodados no meio de tanta beleza que custamos a voltar a procurar uma saída.
Há jardins de flores exuberantes, exalam um cheiro que naturalmente atrai o corpo. Outros jardins não possuem flores, mas dispõem de um lago. Um ecossistema dentro de outro, tem coisa melhor?
O lago parece raso, mas sempre é fundo. Vai um mergulho?
Alguns jardins são bem cuidados e isso deixa a gente contente. Cada pessoa é um jardim, um outro mundo que a gente pode visitar.
Todos os jardins possuem insetos, daqueles que nos põem medo a princípio, mas depois a gente se acostuma e aprende a amá-los também. Melhor do que dar de cara com uma flor é dar de cara com uma borboleta, que passou por tudo que tinha que passar e venceu na vida. Voa por aí, espalhando alegria.
Alguns jardins dispõem de abelhinhas, pequenas operárias que fazem o serviço de visitar o jardim do vizinho e ajudar na polinização. A vida floresce do outro lado.
Como é de se esperar, existem também jardins mal cuidados. Jardins que exalam uma energia podre, que nos deixa pra baixo. Eu faço a minha parte quando vejo um jardim desses e vou regar, vou cuidar, vou beijar. O mundo precisa de mais amor.
É, mas há jardins que contam com todo tipo de praga que você pode sonhar. Lesmas, gafanhotos, percevejos, pulgões. Naturalmente, eles invadem outros bons jardins e fazem estrago visível. Desses quero distância.
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