Teoria da evolução da espécie


Observa-se que, este animal, o homem, nasce borboleta. Desde o momento em que desliza do ventre da mãe, colorido e inocente. O homem nasce borboleta, frágil como seda, sensível ao mundo externo. A borboleta quer conhecer o mundo e não limita seus horizontes, é capaz de dar vida a toda fantasia. Limitar-se é desconhecer-se.

Em algum tenebroso momento de sua história, comum a todos os indivíduos desta espécie, a borboleta é submetida a um casulo. O casulo é responsável por readequar suas asas, redesenhar suas fronteiras por meio de um sistema de coordenadas que desinforma. Não é como se implantassem um chip em sua cabeça invertebrada, mas é como se fosse.

Daquela borboleta, se sobra coisa alguma é muito. Do casulo, desliza a lagarta da espécie Pretus sengracius, que rasteja pela vida esperando pela morte.
art by Mary

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