Princípios


Trago dentro de mim palavras mortas.
Hão de se desesperar por elas as que compõem este quarteto.
Dão-se as mãos e juntas vão de preto
à horta a velório.

As cebolas que mordi não me atormentam,
na escuridão ainda me alimentam aqueles olhos.
Enquanto for capaz de dores,
meu pranto é doído, 
mas contente.

Amo a coroa de flores
pois tenho geometria pela mente,
somente o amor, esta serpente,
propõe nova sinfonia.

As mortes e os partos
são as cordas da polia
a que damos o nome Vida.

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