Caríssimo 2015

Caríssimo 2015,

Não só quero acreditar como acredito que você é o ano da colheita.

Se 2013 foi o ano da Paz Armada, então 2014 foi o ano da guerra que devastou minhas plantações e destruiu minhas reservas. Como o sistema Cantareira em São Paulo, tive que me virar com o que tinha de volume morto.

Após a guerra, restou o que havia de mais sólido, restou o que havia de mais firme — muita coisa se foi. A guerra varreu tudo que não me pertencia, decepou as raízes que não eram fortes o suficiente, elas cederiam e proliferariam a primeira praga que aparecesse, cedo ou tarde.

Custei a acreditar que foi melhor assim, mas foi.

Não desejo mais vestir roupa suja, 2015, não quero alimentar velhos rancores e antigas diferenças. Desejo honrar a parte de mim que retornou viva do pós-guerra, eu deposito fé em você.

Às vezes, tudo que precisamos fazer é permitir nossa própria renovação.

A todos, um 2015 repleto de saúde, renovação e paz de espírito.

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